O risco residual de doença cardiovascular tem o contributo significativo da dislipidemia aterogénica, uma patologia subdiagnosticada e subtratada. Por este motivo, a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA) impulsionou a elaboração de um consenso multidisciplinar sobre a dislipidemia aterogénica em Portugal, e foi este o foco de uma Talking Session, organizada pela Springer Healthcare Communications, com o apoio da Tecnimede. O Prof. Doutor Manuel Teixeira Veríssimo, presidente da SPA, apresentou a definição de dislipidemia aterogénica, em jeito de introdução às restantes palestras dedicadas ao estudo CODAP (Consenso Dislipidemia Aterogénica Portugal). Assista ao vídeo.

Depois de abordar os aspetos consensuais do estudo CODAP (Consenso Dislipidemia Aterogénica Portugal), o Dr. Alberto Mello e Silva falou também das questões não consensuais, mais concretamente da afirmação “a redução dos triglicerídeos melhora o risco cardiovascular em doentes com dislipidemia aterogénica e com nível de colesterol LDL controlados”. Durante a sua palestra, o especialista em Cardiologia do Hospital da Luz explanou de forma detalhada a relação entre as lipoproteínas ricas em triglicéridos e o desenvolvimento de doença cardiovascular aterosclerótica. Assista ao vídeo das declarações.

Para fechar a Talking Session organizada pela Springer Healthcare Communications, com o apoio da Tecnimede, o Dr. Alberto Mello e Silva expôs o algoritmo de tratamento, proposto pela comissão científica do estudo CODAP (Consenso Dislipidemia Aterogénica Portugal), para doentes com risco elevado ou muito elevado de eventos cardiovasculares. Assista ao resumo da descrição em vídeo.

Tendo em consideração a relevância da dislipidemia aterogénica (DA) no risco residual da DCV e com o intuito de gerar um consenso relativamente à definição, diagnóstico e melhor terapêutica para doentes com DA e também de contribuir para uma uniformização da prática clínica na DA, a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose realizou o estudo CODAP – Consenso Dislipidemia Aterogénica Portugal, que contou com o apoio da Tecnimede.

Um trabalho agora publicado no Diabetes Obes Metab. 2018 Sep 17. doi: 10.1111/dom.13537, mostra que apesar dos níveis de LDL-C controlados com estatina, os eventos CV foram maiores nos doentes com diabetes mellitus tipo 2 e níveis mais altos de triglicéridos. Porque estavam controlados os outros fatores de risco cardiometabólicos é provável que a diferença nos níveis de triglicéridos contribua para o excesso de risco observado doentes com níveis mais altos triglicéridos.