O impacto da falta de adesão à terapêutica nos eventos cardiovasculares

O impacto da falta de adesão à terapêutica nos eventos cardiovasculares


publicado em Notícias

27/03/2025


Francisco Araújo destaca a importância da adesão à terapêutica, sublinhando o impacto negativo que a falta dela pode ter na vida dos doentes. O presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA) refere que metade das pessoas que sofreram um enfarte agudo do miocárdio abandonam um dos medicamentos essenciais para o seguimento da doença no ano seguinte. Assista à entrevista.

Estima-se que cerca de 10% das recorrências de eventos cardiovasculares na Europa se devam à falta de adesão à terapêutica. Francisco Araújo salienta que, no caso das doenças crónicas, a medicação é geralmente para o resto da vida, o que exige um compromisso tanto do doente como dos profissionais de saúde, que devem reavaliar o doente sempre que necessário. O especialista aponta ainda para a dificuldade no acesso aos cuidados de Saúde e a inércia dos médicos em promover alterações terapêuticas como fatores que podem influenciar a adesão.

De acordo com o presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, é fundamental monitorizar a forma como os doentes seguem a terapêutica, tanto medicamentosa como as alterações de estilo de vida, sublinhando a importância de transmitir esta mensagem ao público em geral para promover uma mudança na forma como encaram a doença e a necessidade da medicação contínua.

Isto é particularmente importante porque uma parte significativa dos doentes com doenças crónicas são polimedicados. E aqui, sublinha o especialista “a utilização de terapêuticas de associação (fixas) pode melhorar o controlo de doenças como a hipertensão, a dislipidemia ou a diabetes”, uma vez que facilitam a adesão dos doentes ao tratamento.