Rastreio familiar: “A beleza do seguimento destes doentes”


publicado em Notícias

02/11/2023


“Devemos suspeitar quando vemos, na nossa consulta, doentes com colesterol LDL superior a 190, que tenham um evento de morte súbita na família e doença aterosclerótica prematura neles ou na sua família.” Palavras da Dr.ª Maria Margarida Andrade, do Hospital de Cascais, em entrevista, sobre o tema abordado “Do diagnóstico individual ao diagnóstico familiar”, na sessão “Sensibilização – Hipercolesterolemia familiar: quando suspeitar? Como abordar?”, no XXXI Congresso Português de Aterosclerose. Veja o vídeo.

Em entrevista, a especialista destaca que os profissionais de saúde devem “abordar os doentes com base no seu valor LDL; não esperar pelo teste genético; e intensificar a terapêutica para atingir os alvos”. No entanto, mais importante ainda é “fazê-lo em prevenção primária”, isto é antes que os doentes tenham algum evento. Neste sentido, torna-se primordial o rastreio familiar: “É esta a beleza do seguimento destes doentes.”

Apesar de a prevenção ser fundamental, impõe-se um desafio: a adesão à terapêutica. Os doentes com dislipidemia não apresentam sintomas nem dor, pelo que se torna uma dificuldade quando devem realizar medicamentação. “