Sociedades científicas devem atuar “lado a lado” no controlo dos fatores de risco cardiovascular
publicado em Notícias
02/05/2025
Francisco Araújo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, foi um dos preletores do Módulo 1 e do Módulo 4 do Ciclo de Atualização Cardiovascular, integrado no Congresso Português de Cardiologia (CPC). Em declarações à News Farma, destaca o papel da Sociedade Portuguesa de Cardiologia no enfoque dado ao controlo dos fatores de risco, com especial destaque para a dislipidemia.
“Fico muito agradecido por isso, como representante da Sociedade Portuguesa de aterosclerose, acho muito importante que todas as sociedades que trabalham com doentes com risco de doença cardiovascular, possam atuar de uma forma síncrona, em conjunto, lado a lado”, sublinha.
A sua primeira intervenção centrou-se na carga de risco acumulado, uma temática que considera essencial. “Sabemos que nós todos, desde pequeninos, estamos expostos ao nível de colesterol, que nalgumas situações, por uma razão genética e noutras por maus comportamentos alimentares ou outro estilo de vida no geral”, garante.
Na segunda intervenção, Francisco Araújo abordou o tratamento intensivo de doentes com muito alto risco, como aqueles que já sofreram um evento cardiovascular agudo. “Quanto mais cedo começarmos a alertar essas pessoas, quanto mais intensivos formos a tratar, maior é o benefício para eles no caso de poder haver um evento recorrente.”
Além da redução do risco de recorrência do evento inicial, salientou também o impacto positivo na prevenção de outras manifestações da doença aterosclerótica. “Reduzimos o risco de ter um novo enfarte, mas também fizemos o risco ter um AVC, por exemplo, ou ter uma agudização de doença arterial periférica. Portanto, a aterosclerose é uma doença global e todas as formas que possamos ter para controlar a sua progressão são muito positivas para a saúde cardiovascular do nosso doente”, concluiu.
Assista à entrevista no My Cardiologia.