Terapêutica de associação no combate ao colesterol LDL


publicado em Notícias

08/11/2020


O chefe de Serviço de Cardiologia do Hospital de Vila Franca de Xira, Dr. Carlos Rabaçal, foi o palestrante da sessão “Terapêutica de Associação: Novo Standard of Care na Dispidémia?”, que contou com o apoio da MSD. Em entrevista ao My Cardiologia, o cardiologista destaca que se “deve mudar efetivamente a estratégia de tratamento com estatinas de alta intensidade para tratamento hipolipemiante de alta intensidade”. Veja o vídeo aqui.

De acordo com o Dr. Carlos Rabaçal, atualmente, sabe-se que “o colesterol LDL é o principal motor das doenças ateroscleróticas”. “A evidência científica diz que o colesterol LDL é determinante para as doenças cardiovasculares, sejam elas cardíacas, ou cerebrovasculares”, reforçou, completando: “É fundamental reduzir os níveis de colesterol LDL para reduzirmos o risco destes doentes”.

No seguimento do seu depoimento, o cardiologista partilha as recomendações para a prática clínica, relativamente à abordagem da pessoa “que ainda não tem doença” e também para “aqueles que já têm doença cardiovascular, que são habitualmente considerados doentes de risco elevado ou muito elevado”.

Focando-se nos doentes de muito alto risco e de alto, o Dr. Carlos Rabaçal afirmou que, “seja em prevenção primária ou secundária”, com as estatinas, “mesmo em doses elevadas, não se consegue reduzir os níveis de colesterol LDL”. “Por isso, temos de utilizar associações terapêuticas”, sublinhou, acrescentando que a opção terapêutica “mais imediata e mais custo-efetiva, é a associação com ezetimiba”. A associação de ezetimiba a uma estatina foi testada no estudo IMPROVE-IT, algo mencionado e aprofundado durante a entrevista do Dr. Carlos Rabaçal.

Na opinião do médico, hoje em dia, deve mudar-se “a estratégia de tratamento com estatinas de alta intensidade para tratamento hipolipemiante de alta intensidade”. “Estas associações com ezetimiba, seja a sinvastatina, seja a atorvastatina, necessitam, efetivamente, de serem utilizadas nos doentes com risco que carecem de uma redução mais ampla do colesterol LDL”, enalteceu, reforçando depois as mais-valias da utilização de associações de fármacos, quer no tratamento hipolipemiante, quer para a hipertensão arterial.