A especialista destaca que, além de a aterosclerose e o acidente vascular aumentar o risco de demência, “os fatores de risco são os mesmos que originam aterosclerose e demência”. Até os fatores que desencadeiam a doença de Alzheimer são os mesmos que condicionam a aterosclerose. Assim sendo, “existe uma associação forte”, pelo que, não existindo terapêutica para curar a demência, a prevenção da aterosclerose é “um aspeto fundamental e que vi com bom agrado nesta reunião”.
Neste sentido, identificar precocemente os doentes em risco, intervir em fase precoce e evitar o desenvolvimento da demência são os passos fundamentais de qualquer internista ou médico de Medicina Geral e Familiar.
A neurologista destaca ainda que, de acordo com um artigo da Lancet Commission, 40 % dos casos de demência poderiam ser prevenidos com uma boa prevenção de fatores de risco vascular. “A nossa missão é educativa para transmitir a mensagem para termos cada vez menos doentes a serem referenciados à Neurologia.”