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PRIMARY CARE SUMMIT ACADEMY 2022

PCS Academy

Hipercolesterolemia Familiar (HF)

 

Materiais informativos

Hipercolesterolemia Familiar (HF)

Desenvolvidos pelo “International FH Paediatric Register”.

Uma cortesia do Grupo de Investigação Cardiovascular do INSA para chegar as famílias com crianças com FH para que melhor compreendam a sua doença e vivam melhor com ela.

Foram desenvolvidos para idades diferentes com conteúdos adaptados:

sexta-feira, 05 abril 2024 09:33

Cada movimento conta

O Dia Mundial da Atividade Física (AF), que se celebra a 6 de abril, visa promover a prática de AF junto da população, assim como, enaltecer os benefícios do exercício físico.

O sedentarismo (caracterizado pela falta de AF em pessoas de qualquer faixa etária) é um dos principais fatores de risco de morte em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a inatividade física seja responsável por mais de três milhões de óbitos por ano e, como tal, o seu combate é imprescindível.

A AF tem benefícios significativos para a saúde, na prevenção e tratamento de um conjunto de doenças crónicas, algumas das quais são as principais causas de morte em Portugal.

Saliento algumas das vertentes em que a AF tem uma influência positiva:

  • Diminui a mortalidade por todas as causas.
  • Contribui para a prevenção e controlo de doenças não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, diabetes e vários tipos de cancro.
  • Reduz os sintomas de depressão e ansiedade.
  • Melhora as habilidades de pensamento, aprendizagem e julgamento; ajuda na prevenção do declínio cognitivo.
  • Contribui para a manutenção do peso saudável e do bem-estar geral.
  • Contribui para a qualidade do sono.
  • Garante o crescimento e desenvolvimento saudável nos jovens.
  • Ajuda a prevenir e controlar comportamentos de risco como o consumo de tabaco, ingestão em excesso de bebidas alcoólicas e substâncias tóxicas, sendo, também, um aliado de uma alimentação saudável.
  • Atrasa o declínio da saúde óssea e da capacidade funcional.
  • Ajuda a prevenir quedas, em especial, nas pessoas idosas.

Globalmente, um em cada quatro adultos não atinge os níveis de AF recomendados pela OMS (semanalmente, pelo menos 150 a 300 minutos de AF aeróbica de moderada intensidade; ou pelo menos 75 a 150 minutos de AF aeróbica de vigorosa intensidade; ou uma combinação de ambas ao longo da semana). Mundialmente, as mulheres são menos ativas e as atividades são reduzidas em idades mais avançadas. Além disso, populações socioeconomicamente mais desfavorecidas, com doenças crónicas e/ou com deficiência têm menos oportunidades de se manterem ativas.

Mas, há boas notícias: Cada Movimento Conta.

Dependendo do contexto de cada indivíduo, a AF pode-se fazer de forma mais ou menos formal: realizar tarefas domésticas, ir às compras, subir e descer escadas, é AF. Se pudermos fazer algo mais estruturado e sistematizado ótimo, mas realmente importante é fazer diariamente.

Neste contexto, deixo algumas dicas:

  • Evitar ficar mais de 30 minutos seguidos na posição sentado, reclinado ou deitado (quando acordado). Andar pela casa enquanto se fala ao telemóvel. Colocar o comando da televisão a uma distância que obrigue o levante para o utilizar.
  • Sempre que possível, trabalhar ao computador/tablet alternando as posições de sentado e de pé.
  • Realizar atividades lúdicas que permitam a expressão física (jogos tradicionais, dança...).
  • Ir a pé ou de bicicleta para o trabalho.

Porém, promover a melhoria da saúde através da AF, não é apenas uma responsabilidade individual. A sociedade é responsável por criar condições que facilitem a vida ativa. É necessário criar sinergias entre diferentes setores e desenvolver um plano de ação para alterações do ambiente facilitadoras de estilos de vida ativos (infraestruturas para ciclismo e caminhadas; locais para desporto nos locais de trabalho, mais equidade de acesso a programas desportivos...).

No século XXI, promover a AF tem de ser visto como uma necessidade e não um luxo.

Dr.ª Patricia Vasconcelos
Sociedade Portuguesa de Aterosclerose.
Núcleo de Estudos de Prevenção e Risco Vascular da SPMI